quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Pan 10 x 0 Saúde

Enquanto parlamentares se envolvem em corrupção e enchem a conta bancária de dinheiro, o cidadão brasileiro sofre nas filas dos hospitais de todo o país.

No Rio de Janeiro não é diferente, aqui é uma verdadeira batalha para conseguir um simples atendimento, imagine, então, receber o tratamento.

As pessoas entram nas unidades hospitalares como se apostassem na loteria. Tentam conseguir um número, a senha, que são poucas, para muita gente. Para agravar mais ainda a situação, os profissionais são mal preparados e desorientados. Não sabem dar informações sobre procedimentos simples.

Com a falta de médicos e aparelhagem adequada, as pessoas sofrem nas filas que não acabam nunca. Infelizmente, essa é a realidade do sistema que nos oprime: negam os nossos direitos e tratam o trabalhador como um lixo.

A Saúde está uma vergonha. O atual Secretário de Saúde e os demais políticos deveriam mudar essa situação. O cidadão contribui toda a sua vida para melhorar esse país e, quando necessita exercer os direitos previstos na lei, descobre que eles só existem no papel.

Por Flávio Heringer/Fracisco Valdean
Foto: Flávio Heringer

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Galeria de fotos do Parapan

Vista da última fileira de cadeiras da Arena Multiuso.

Na quadra Brasil e Argentina disputam a medalha de bronze do basquete maculino de cadeirantes.




Sr. Osnir, cadeirante, morador do Rio de Janeiro achou a alimentação caríssima, mas a segurança, muito eficiente.






Sr. Heraldo, torcedor e praticante de basquete com cadeira-de-rodas.



Irmã Graça, freira da Congregação de Nossa Senhora de Belém (Jacarepaguá), assiste a partida de cadeirantes na Arena Multiuso.
Ela elogiou a superação dos atletas.
(Fotos: Alex Freitas)


Vidas opostas no Parapan

A equipe Maré ComunicAtiva sai às ruas com destino ao Parque Aquático Maria Lenk. Objetivo: entrevistar o nadador do Parapan e o mais veloz do mundo, Clodoaldo Silva. Enfrentamos uma fila muito grande, ao entrarmos no parque, encontramos o público bem animado com os nadadores que estavam competindo em busca de medalha. Quando o Furacão entrou com os outros atletas, a torcida brasileira foi ao êxtase total, com muitas vibrações positivas para o furacão Clodoaldo.

O Maré ComunicAtiva entra em ação: estávamos na arquipancada, a entrevista não foi possível, mas conseguimos conquistar vídeos e fotos com a demonstração de superação e força de vontade. Recorde mundial e medalha de outro para Clodoaldo. Os atletas parapan-americanos são exemplo de vida para todas as pessoas do planeta Terra.

Na volta pra casa, encontrei no ônibus Francisco Soares dos Santos, 28 anos, morador de São Paulo e portador de deficiência física. Ele me disse que no Parapan rolou o preconceito porque a entrada foi grátis, e o mesmo não aconteceu no Pan. Isso, pelo menos, segundo ele, serviu para divulgar o esporte no Brasil, onde é pouco reconhecido. Ele também é atleta, pratica remo e voleibol profissional, patrocinado por várias organizações não- governamentais. “Foi uma conquista dos deficientes e do esporte. Falta incentivo e respeito dos governantes do Brasil.”
por Flávio Heringer Queiróz.

Personagens do Parapan

Heraldo, torcedor do Brasil


Personagens da Arena Multiuso, no último sábado do Parapan.


Caroline, estudante e moradora de São Cristóvão, veio pela primeira vez e achou os lanches muito caros.

Osnir, morador do Recreio não achou que o Pan e o Parapan trouxeram benefícios. Ele é cadeirante e achou os alimentos muito ruins e caros. Ele disse que sempre ajuda as crianças.

Heraldo, morador de Rio das Ostras, pratica basquete há cinco anos e falou que é complicado para quem usa cadeira-de-rodas se deslocar pela cidade. Mas para ele é mais fácil, pois tem carro.

Os lanches estavam um pouco mais baratos. A pipoca estava R$ 3,50 o cachorro-quente estava o mesmo preço que o refrigerante, R$ 3,50, a água era R$2,00.
(POR EDMARA E LILIANE. FOTO POR ALEX FREITAS)

Longe do Parapan

EU NÃO PARTICIPEI DO PARAPAN...

porque ele foi muito pouco divulgado, enquanto o Pan era muito divulgado em todos os lugares, em cartazes nas ruas, em todas as emissoras de televisão, tanto no Brasil
como internacionalmente. Eu também não sabia que o Parapan seria gratuito, com entrada livre para os jogos.

Mesmo assim estou feliz por saber que um rapaz que eu conheço participou do Parapan e foi muito bem na sua modalidade, ganhou boas medalhas de ouro para o Brasil: o Clodoaldo.

Eu tive a felicidade de conhecê-lo no projeto Luta Pela Paz, na comunidade da Maré, ele é um rapaz super-humilde, brincalhão e gosta de fazer piada. Além de tudo, é um ótimo atleta. Deu oportunidades para os deficientes mostrarem que também são capazes de fazer algum tipo de esportes e ganhar medalhas como todos os atletas.
(Por Giselly Gonzaga e Anatan)

PRECONCEITO DURANTE O PARAPAN

TORCEDOR CADEIRANTE NA ARENA MULTIUSO

É uma falta de respeito com os deficientes não dar ao Parapan a mesma divulgação do Pan.

Um exemplo da falta de divulgação foi que durante o Pan até o Maracanã foi interditado para jogos de futebol do Campeonato Brasileiro
.
E os patrocinadores dos atletas do Pan não têm o mesmo interesse nos deficientes. Teve até patrocinador do Pan que não quis participar do Parapan
.
O Parapan deveria até ser mais divulgado do que o Pan, pois eles, os deficientes, são guerreiros, que lutam para mostrar a muitas pessoas que quando se tem fé tudo é possível.
Muitas pessoas desistem por pouca coisa,um probleminha, até por falta de recursos ou patrocínios, que, para os deficientes, é mais difícil de encontrar.
Por Karoline e Eberti. Foto de Alex Freitas.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Capoeira: raízes ancestrais

Capoeira, jogo atlético, com sistema de ataque e defesa, a mistura de todas as artes marcias do mundo, no ritmo do berimbau e de outros instrumentos musicais, inspirada nos animais, na malandragem e espiritualidade dos ancestrais. Conjunto de tradições,crenças, expressos em lendas, canções e costumes trazidos da África. Nascida na Bahia e espalhada pelo mundo. Os estrangeiros vêm para o Brasil aprender a tocar os instrumentos, a jogar capoeira, a cultura popular. Hoje a maioria dos países pratica essa modalidade esportiva.

Capoeira, não apenas um esporte, a maneira de preparar e capacitar as pessoas de qualquer idade para uma vida longa e saudável. No meu ponto de vista, faltou a capoeira nas competições do Pan Rio 2007. O governo brasileiro poderia incentivar melhor a cultura e o esporte da capoeira, incluir nas competições internacionais.

Axé Capoeira, axé Brasil.
(por Flávio Heringer Queiroz)

As jogadoras da Maré

O treinador se chama Flávio, elas têm entre 15 e 20 anos de idade. Todos os dias elas saem de casa seis horas da tarde para ir ao campo treinar, mas elas não só ficam nesse treino, não. Todos os anos elas jogam na CBF o campeonato brasileiro de favelas.

Tem a seletiva que é um mini-campeonato, que escolhe os melhores times do Brasil para disputar a CBF

As garotas, que treinam com Flávio, no campo da Paty, batem um bolão. São mais de 20. correndo atrás do seu objetivo: a CBF, realizada no Cefan, Centro de Educação Física Alberto Nunes, ao lado da casa do marinheiro. Vêm olheiros de todos os clubes do Brasil.
(Eberti Almeida da Silva)

Vôlei da vila 14

Jogador sacando


Bloqueio

O vôlei da vila 14, na comunidade Bento Ribeiro Dantas, na Maré, mais conhecido como vôlei da 14, é jogado na rua, com as redes presas nas casas das pessoas, e suas regras são um pouco diferente.
Os jogadores têm que estar descalço, no chão de paralelepípedo, por isso não podem cuspir no chão. Quando a bola bate no fio do poste de eletricidade, o time que a jogou lá perde o ponto. Quando a bola cai na casa de alguém, os jogadores pulam o muro para pegar a bola. São apenas três jogadores em cada time, e apenas um set de quinze pontos.O jogo é muito divertido, quando joguei, ri muito. O desentrosamento dos jogadores, as reclamações, todos discutindo, mas o pior é quando alguém acerta a rede que é presa por barbante e ela cai. Aí o jogo fica parado muito tempo, até prenderem a rede de novo.

(por Rodrigo Galdino de Melo. Foto por Cleberson Soares de Assis)

Popó visita projetos sociais no Rio de Janeiro


No dia 28 de julho, esteve em alguns projetos sociais do Rio de Janeiro Arcelino Popó de Freitas, um dos maiores boxeadores brasileiros e um dos maiores do mundo em sua categoria.
Popó visitou o projeto Luta pela Paz, que se localiza na favela Nova Holanda, que se encontra no conjunto de favelas da Maré.
O projeto Luta pela Paz é um projeto social que atende a aproximadamente 300 jovens do complexo da Maré, tentando quebrar as barreiras que os jovens têm por causa do clima de violência entre as comunidades. O projeto oferece aulas de informática, inglês, cidadania, boxe, luta-livre e capoeira.
Popó visitou também a academia do ex-lutador Raff Giglio, que se encontra ao lado do morro do Vidigal. A metodologia de Raff Giglio é tirar crianças e jovens da rua, afastando eles cada vez mais das drogas e da violência. Em um dos depoimentos de Popó, ele disse: vocês hoje têm muito mais oportunidade, porque eu quando era pequeno eu tinha que pagar pra treinar boxe. ia.
Em um dos depoimentos de Popó, ele disse: vocês hoje têm muito mais oportunidade, porque eu quando era pequeno eu tinha que pagar pra treinar boxe. (Por Ruan Pablo)